O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF (SJPDF) teve na última sexta (15) reunião com a direção do Correio Braziliense para discutir, entre outros assuntos, o noticiário em torno de negociações para o resgate financeiro da empresa por outros grupos.
A direção do CB garantiu, sem meias palavras, que "o jornal não está à venda". Falou, também, sobre as ações judiciais para impedir que vá a leilão o prédio no Setor Gráfico, outro objeto de especulações repetidas e insistentes.
O SJPDF insiste na URGÊNCIA de uma comunicação transparente com o conjunto dos trabalhadores e, em particular, com a redação do Correio. Segundo matérias publicadas nas últimas semanas, o empresário de mídia Flávio Carneiro atua como um intermediador para a aquisição do Correio Braziliense, através do Banco Master, com o uso de precatórios e direitos creditórios para pagamento das dívidas do veículo. As explicações são devidas também ao conjunto da sociedade, pois dizem respeito ao primeiro jornal da capital recém-fundada.
Em 2016,com a emissão de debêntures, o Correio Braziliense se comprometeu a regularizar todas as dívidas dos trabalhadores. Mesmo recebendo R$ 56 milhões, a empresa não cumpriu com a promessa: o que houve foi um CALOTE nos trabalhadores.
Benefícios seguem atrasados e salários sendo pagos de forma parcelada.
Com a possível venda do jornal, o Sindicato teme por mais um calote aos trabalhadores, já que o imóvel-sede se encontra bloqueado e liberado para leilão para pagamento das debêntures. A direção da empresa sequer deu, até hoje, alguma satisfação aos funcionário - não apenas os jornalistas - sobre os fatos divulgados pela imprensa.
Hoje, o presidente da empresa, Guilherme Machado, posa de bom empresário na cidade, nas colunas sociais e capa do jornal, ao lado de ministros, governadores e ministros da Justiça do Trabalho, STF e MPDFT, enquanto não paga os trabalhadores nem respeita seus direitos.
O grupo Diários Associados já é conhecido nacionalmente como mau patrão, por não pagar os direitos básicos dos trabalhadores. Hoje, as condições de trabalho são péssimas nas redações sucateadas.
O Sindicato vai reiterar as denúncias aos órgãos competentes e buscar apoio das autoridades e políticos da cidade para garantir, minimamente, o pagamento dos trabalhadores. É o mínimo que a empresa deve honrar.