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Publicado em Sexta, 02 Fevereiro 2024 13:00
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Os Sindicatos de Jornalistas e dos Radialistas do DF, RJ e SP repudiam a tentativa de intimidação promovida pela diretora de Programação da EBC, Antonia Pellegrino, contra a representante da Comissão de Empregados no Grupo de Trabalho (GT) responsável por apresentar medidas para participação social na empresa.

Ao chegar ao trabalho na praça do Rio de Janeiro, a jornalista Akemi Nitahara foi surpreendida, ainda no estacionamento, por abordagem da diretora que questionou se a trabalhadora teria algo a dizer, acrescentando que ela “só fica falando baixinho pelos cantos, na cara não tem coragem”.

Como Akemi desempenha a importante função de discutir com a direção da empresa as formas de ampliar a participação social na EBC, os Sindicatos entendem que a abordagem sofrida pela funcionária representa uma inaceitável tentativa de intimidação não só à profissional, mas também ao trabalho assumido por ela no GT em nome do conjunto dos trabalhadores.

EBC intimada por dano moral coletivo

Coincidentemente, poucos dias após esse episódio, a Justiça do Trabalho intimidou a EBC a efetuar o pagamento de R$ 200 mil por assédio moral, resultado de uma condenação que transitou em julgado em novembro de 2023 que, entre outras medidas, obrigou a EBC a realizar uma pesquisa de clima organizacional, recentemente lançada pela empresa.

Essa ação nasceu em 2018 fruto do entendimento do MPT de que as situações de assédio moral no ambiente de trabalho eram sistemáticas. Com isso, a Justiça determinou que a empresa se abstenha “de permitir, praticar, promover ou tolerar condutas de assédio moral em seu ambiente, seja assédio interpessoal ou organizacional”. Infelizmente, a Justiça errou ao cobrar a indenização dos cofres da empresa e não dos patrimônios dos gestores responsáveis pela institucionalização do assédio moral.

Comitê de Assédio Moral na EBC

O caso da Akemi é sintomático em um contexto em que a empresa, após criar um comitê para discutir o assédio moral na EBC e excluir a representação dos Sindicatos, mudou de ideia e decidiu propor que as entidades indicassem um representante. Porém, com a condição de não ser diretor das entidades, o que gerou uma situação contraditória de uma participação por terceiros.

Além disso, não fomos previamente informados da composição e funcionamento do comitê. Esta semana, a empresa publicizou diversos nomes que o comporiam, a maioria comissionados de fora do quadro, que não têm acúmulo sobre o tema. A presidência do comitê foi entregue a pessoa do jurídico que afirmou perante o MPT não existir assédio na EBC. Nesses termos, as entidades decidiram não indicar ninguém para participar.

É importante lembrar que os Sindicatos acumulam histórico de luta contra o assédio dentro da empresa e denunciaremos toda e qualquer tentativa de intimidação ou ato de chefias que ultrapasse o estrito dever profissional.

Exigimos respeito a todos os trabalhadores e trabalhadoras.

Sindicatos dos Jornalistas do DF, RIO e SP.
Sindicatos dos Radialistas do DF, RJ e SP.

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