Há 61 anos, um golpe de Estado desfechado pelo comando das Forças Armadas, com apoio de setores do empresariado - o caitpital - pôs fim a duas décadas de vida democrática no Brasil, a despeito de limitações.
Seguiram-se 21 anos de ditadura e repressão feroz à sociedade civil e à classe trabalhadora, em especial. Nosso sindicato, recem-fundado, foi subjetido a intervenção, como tantos outros. Nossa categoria, pelo simples exercício da profissão, tornou-se alvo da ditadura. Neste ano, em 25 de outubro, lembraremos 50 anos do assassinato do colega Vladimir Herzog, sob tortura, no DOI- Codi de São Paulo.
A luta pela liberdade é parte essencial da dignidade do jornalismo. Jamais esqueceremos os profissionais presos, torturados e mortos sob o regime militar. Ano após ano, dia após dia, renovamos no exercício diário de informar a sociedade - nossa missão.
Ainda recentemente, já na democracia, tivemos na presidência um saudosista da tirania. Jair Bolsonaro, capitão que deixou a farda para não ser desonrado como terrorista, três décadas atrás, sustentava que o regime sanguinário dos generais deveria ter exterminado "uns 30 mil" opositores. Hoje, é réu por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes, depois de ter se recusado a acatar as urnas na eleição presidencial de 2022.
Ditadura nunca mais!