Nunca mais!
Jornalistas do Distrito Federal jamais poderiam deixar de marcar os 60 anos do golpe empresarial-militar, de 31 de março de 1964, que levou a 21 anos de ditadura no país.
Mais de duas décadas de ditadura militar custaram caro à sociedade brasileira. Para o jornalismo, significaram a convivência diária com a censura nas redações. As perseguições, prisões, torturas e mortes.
Basta lembrar Vladimir Herzog, assassinado sob tortura no sinistro DOI-Codi de São Paulo, em 25 de outubro de 1975. O repúdio firme da sociedade civil, liderado pelo Sindicato dos Jornalistas de SP, resultou na primeira grande manifestação pública contra o regime militar e pela democracia desde a decretação do famigerado AI-5, em dezembro de 1968.
Nosso sindicato, fundado em 1962, teve a primeira direção eleita destituída por intervenção federal, nos primeiros meses da ditadura. Foi retomado pela categoria em 1977, na esteira das lutas pela redemocratização do país.
Desde então, nós, jornalistas do DF, estivemos de braços dados com a classe trabalhadora nas lutas pela liberdade e pelos direitos sociais.
Nos últimos anos, resistimos cotidianamente aos ataques de um governo autoritário e fascistóide à liberdade de imprensa e de informação e aos profissionais do jornalismo.
Jamais abandonaremos essa trincheira. A liberdade, a democracia, o serviço à sociedade são e serão sempre nosso guia, dia após dia. Não renunciamos à vocação mais profunda da nossa profissão.
Lembrar sempre, para que nunca mais se repita!
Por verdade, memória, justiça e reparação.
Ditadura, censura e tortura nunca mais!
Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal